Produto
Este guia foi preparado para orientar usuários do BomControle na criação e manutenção de Produtos no sistema. O cadastro de produtos é fundamental para operações de estoque, vendas e emissão de Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e), pois centraliza as informações de identificação, precificação e classificação fiscal de cada item comercializado ou consumido pela empresa. Um cadastro de produto bem preenchido garante que outros módulos (financeiro, vendas, compras, etc.) funcionem corretamente, evitando erros em movimentações de estoque, faturamento e cálculos de impostos.
1) Acessando o cadastro de produto
Para abrir a tela de produtos no BomControle:
- Entre no sistema com um usuário que possua permissão de acesso ao módulo de Vendas/Estoque. 
- No menu superior, clique em Vendas e depois em Cadastro. Escolha a opção Produto. 
- A tela de Pesquisa de Produtos será exibida, listando os produtos já cadastrados. 
Na tela de Pesquisa de Produtos, é possível utilizar filtros para localizar um item específico: texto de busca (nome ou código), filtros por Classe, Grupo, Família, filtrar por produtos/serviços, mostrar itens bloqueados, entre outros. A listagem apresenta colunas como Código, Nome, Unidade, Grupo/Família, se é item de venda, e status (como “bloqueado” ou controle de lote). Utilize o campo de busca para digitar parte do nome ou código, ou aplique os filtros de categoria para refinar a pesquisa.
Para incluir um novo produto, clique no botão Cadastrar Novo. Para editar um produto existente, clique no ícone de lápis ao lado do item desejado na lista. Ambos os comandos abrirão a tela de cadastro/edição de produto.
Figura 1: Tela de pesquisa de produtos, com lista de itens filtráveis e opções para cadastrar novo ou editar existentes.

2) Visão geral dos campos do produto
Ao acessar a tela de Cadastro de Produto, você verá um formulário dividido em seções, cada qual agrupando informações relacionadas. A figura a seguir apresenta o layout da tela de cadastro de produto com indicadores numéricos identificando cada campo ou grupo de campos importantes. Esses números serão utilizados nas seções seguintes para explicar as regras de preenchimento e o impacto de cada campo em outros módulos do sistema.
Figura 2: Tela de cadastro de produto com os campos numerados para referência.

3) Resumo dos campos principais
- Nome do Produto: Identificação do item. Deve ser claro e descritivo, pois aparecerá em listas, buscas e documentos (obrigatório). 
- Código do Produto: Código interno ou referência do produto (SKU). Pode ser utilizado para rápida identificação e impressão de etiquetas. Não é obrigatório, mas não deve repetir em outro produto da mesma empresa. 
- Código de Barras (EAN): Código GTIN/EAN do item. Opcional; permite buscas por leitura ótica e é utilizado como código de barras nas vendas e NF-e, se informado. 
- Unidade: Unidade de medida do produto (por exemplo, UN, Kg, pct). Obrigatório selecionar uma unidade cadastrada. Aparece na NF-e e em movimentações de estoque. 
- Imagem do Produto: Foto principal do produto. Opcional; serve para identificação visual em consultas e relatórios. 
- Modelo: Modelo ou variante textual do produto (por exemplo, ano ou versão). Campo livre, opcional, para uso interno. 
- Valor Unitário Últ. Compra: Último preço pago na compra do produto. Opcional na criação; é atualizado automaticamente pelo sistema a cada entrada de estoque (compra). 
- Custo Médio: Custo médio atual do produto. Calculado pelo sistema com base nas entradas de estoque (não editável pelo usuário). 
- Empresa: Empresa à qual o produto pertence. Preenchida automaticamente conforme a empresa ativa no login ou selecionada manualmente (em ambientes multiempresa). Defina aqui se o produto é específico de uma empresa. Uma vez salvo, não é possível alterar este campo. 
- Bloquear Entrada em Estoque: Alternativa Sim/Não para indicar se o produto não pode mais receber entradas no estoque. Se marcado como Sim, novas compras/entradas do item serão bloqueadas. Requer justificativa no campo Motivo. 
- Motivo do Bloqueio: Texto explicando a razão do bloqueio de entradas. Obrigatório se o bloqueio estiver ativado, para registro interno. 
- Classe / Grupo / Família: Classificações hierárquicas do produto. Campos opcionais para categorizar o item em uma Classe geral, um Grupo e uma Família específica. Facilitam a organização, filtragem de relatórios e aplicação de regras por categoria. 
- Item de venda?: Indica se o produto será comercializado (vendido) ou apenas consumido internamente. Quando Sim, habilita campos fiscais e de preço; quando Não, o produto não será listado nas telas de vendas e notas de produto (usado apenas em estoque/consumo). 
- NCM: Código NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) do produto. Obrigatório se for item de venda. Utilizado na NF-e para cálculo de impostos; deve corresponder à natureza do produto. 
- CEST: Código CEST do produto, se aplicável. Necessário para produtos sujeitos à Substituição Tributária. Opcional, mas exigido em NF-e de alguns itens específicos. 
- Origem da Mercadoria: Código de origem (nacional, importado, etc.). Obrigatório para item de venda. Usado na NF-e para determinar tributos (por exemplo, 0 – Nacional, 1 – Estrangeira, etc.). 
- Tipo de Item: Classificação do tipo de item para fins fiscais (por exemplo, Mercadoria para Revenda, Matéria-Prima, etc.). Obrigatório para item de venda. Consta nas NF-e e relatórios contábeis. 
- Código do Benefício Fiscal: Código do benefício fiscal na UF, se o produto gozar de alguma isenção ou redução de imposto estadual. Opcional; preencha somente se o seu contador ou a legislação local exigir este código na NF-e. 
- Peso (kg): Peso unitário do produto em quilogramas. Opcional; informativo para cálculo de frete e demonstração na NF-e (peso bruto dos itens na nota). 
- Tabela de preço: Seção onde são exibidos ou configurados os preços de venda do produto em diferentes tabelas de preço. Mostra registros de valores ou percentuais aplicados em cada tabela cadastrada. Permite alterar preço de acordo com cada política/tabela definida (por exemplo, tabela de preço padrão, atacado, promoção etc.). 
- Grade de Produto: Funcionalidade para variações do produto (por exemplo, cor e tamanho). Quando habilitada (Sim), permite criar múltiplas variações do mesmo item a partir de um cadastro único, mantendo controle de estoque separado por variação. 
- Categorias Financeiras (Entrada/Saída): Categoria financeira padrão para lançamentos envolvendo este produto – uma para entrada (compras/estoque entrando, despesa) e outra para saída (vendas/estoque saindo, receita). Defina aqui as contas de resultado padrão para que o sistema classifique automaticamente as movimentações financeiras. 
- Configurações de Lote/Refrigeração/Consumo: Campos de configuração diversos. Incluem controle de lote (rastrear lotes e validades), armazenamento refrigerado (itens que exigem temperatura controlada, com campos de temperatura mínima/máxima), e consumo geral (indicador de uso interno geral). 
- Limites de Estoque (Crítico/Mínimo/Máximo): Valores de referência para gestão de estoque. Crítico: nível de estoque muito baixo (gatilho de alerta urgente); Mínimo: ponto de pedido (quando atingir ou baixar deste, planejar reposição); Máximo: estoque desejável máximo (evitar passar deste nível). Esses limites ajudam em relatórios e no controle de reposição, e o sistema impede configurações inconsistentes (por exemplo, crítico maior que o mínimo ou maior que o máximo). 
- Localização de Estoque: Locais onde o produto é armazenado. Permite vincular o item a um ou mais Estoques/Depósitos e respectivos Locais de Armazenamento (como prateleiras ou setores). Útil para mapear onde o produto fica fisicamente, facilitando operações de entrada, saída e inventário. 
- Anexos: Área para anexar arquivos ao cadastro do produto. Podem ser imagens adicionais, fichas técnicas, manuais em PDF ou planilhas (.jpg, .png, .pdf, .xls etc., até 10MB cada). Os anexos ficam disponíveis para consulta e ajudam a complementar informações do item. 
- Observações: Campo de texto livre para anotações gerais sobre o produto. Use para registrar informações relevantes que não se enquadram nos outros campos (por exemplo, instruções especiais de manuseio, observações internas). Não aparece em documentos externos, apenas em consultas internas. 
4) Seção – Dados Básicos
A seguir detalhamos cada campo numerado na figura, incluindo regras de preenchimento e impactos no sistema:
Figura 3: Seção dados Básicos

- Nome do Produto 
 Regras: campo obrigatório. Deve conter de 1 até 150 caracteres (letras, números ou símbolos) que identifiquem claramente o item. Não podem existir dois produtos ativos com nomes idênticos na mesma empresa, para evitar confusão nas buscas (o sistema alerta em caso de duplicidade de nome).
Impacto: o nome do produto é exibido em todas as telas de seleção (por exemplo, ao adicionar itens em pedidos, notas ou movimentações de estoque) e em relatórios. Também constará nas descrições dos itens na NF-e e outros documentos de venda. Um nome claro e único facilita a identificação pelo usuário e pelo cliente, evitando erros na escolha do item.
- Código do Produto (código interno) 
 Regras: campo opcional, de até 30 caracteres alfanuméricos. Pode ser usado para codificação interna (SKU). Aceita letras, números ou símbolos, conforme padrão definido pela empresa (por exemplo, códigos numéricos sequenciais ou combinações que representem categoria e item). Recomenda-se que cada produto tenha um código único dentro da empresa – o sistema não permite duplicar um código já utilizado na mesma empresa, garantindo unicidade na identificação. Caso o campo seja deixado em branco, o produto ainda poderá ser salvo; nesse caso, o BomControle utilizará um identificador numérico interno para o item, mas você não terá um SKU personalizado visível.
Impacto: se preenchido, o código interno aparece na listagem de produtos e pode ser utilizado no campo de busca rápida em vendas e estoque. Muitos usuários imprimem etiquetas com o código ou usam-no para integrar com outros sistemas. Na emissão da NF-e, este código é enviado como o código do produto no XML (campo “cProd”), permitindo que o destinatário veja a referência do fornecedor.
Também é comum usar o código interno para leitura via scanner se ele estiver representado como código de barras em etiquetas (diferente do EAN). Em resumo, o código do produto agiliza buscas e vendas pelo teclado ou leitor e garante referência consistente do item em todo o sistema.
- Código de Barras (EAN) 
 Regras: campo opcional, até 80 caracteres. Destina-se ao código de barras padrão EAN/GTIN do produto (normalmente 13 dígitos para EAN-13 ou 14 para GTIN-14, etc.). Deve conter apenas dígitos numéricos se for um EAN válido; o sistema não faz validação de dígito verificador, portanto insira corretamente conforme a embalagem do produto. Pode aceitar outros formatos de código de barras (ISBN, por exemplo) se utilizados pela empresa.
Impacto: quando informado, pode ser usado para identificar o produto via leitores de código de barras nas telas de vendas ou entradas de estoque – ao escanear o código, o sistema traz o item automaticamente. Na NF-e, se o produto possuir um GTIN válido, este será incluído nos campos próprios (cEAN e cEANTrib do item da nota), conforme exigência fiscal, o que facilita a rastreabilidade comercial.
Além disso, o código de barras impresso em etiquetas e documentos ajuda na logística interna (recebimento, conferência, inventário) ao permitir leitura ótica do item.
- Unidade 
 Regras: campo obrigatório. Selecione a Unidade de Medida que representa em que unidade o produto é comercializado ou controlado (exemplos: UN = unidade, CX = caixa, KG = quilograma, M = metro etc.). As unidades disponíveis no combo são previamente cadastradas no sistema (tela de Unidade de Produto); caso necessário, pode-se adicionar uma nova unidade rapidamente usando o atalho (geralmente um botão ou opção “Nova Unidade” ao lado do campo). Não é permitido salvar sem unidade – todo produto deve ter uma unidade associada.
Impacto: a unidade definida impacta diretamente a forma de controle de estoque e a emissão de NF-e. Nas movimentações de entrada/saída de estoque, o sistema considera a quantidade informada naquela unidade. Por exemplo, 1,00 CX de um produto – o sistema saberá converter ou descontar corretamente conforme a unidade. Na NF-e, a unidade aparece no campo de unidade comercial do item (uCom/uTrib) e influencia a conversão de tributos (por exemplo, se um imposto é calculado por unidade ou por Kg).
Também em relatórios de vendas e estoque, os números serão agregados por unidade; portanto, escolher a unidade correta é importante para a consistência dos dados (evite, por exemplo, cadastrar parte dos produtos em “unidade” e outros iguais em “caixa”, para não dividir informações).
- Imagem do Produto 
 Regras: opcional. Permite anexar uma imagem principal do produto. Ao clicar em Anexar Imagem, selecione um arquivo de imagem do tipo JPEG, PNG ou GIF. Tamanho máximo de 3 MB por imagem (o sistema exibirá um alerta se ultrapassar). Recomenda-se usar uma imagem quadrada de 150 x 150 pixels para melhor visualização nos relatórios (embora não seja obrigatório este tamanho exato). Após selecionar o arquivo, salve o produto para que a imagem seja enviada e armazenada.
Impacto: a imagem do produto é exibida em algumas telas de consulta detalhada do item (por exemplo, em uma visão de catálogo ou no popup de detalhes). Também pode aparecer em orçamentos ou pedidos impressos, caso o layout de documento tenha previsão de mostrar foto do item. Mesmo que não seja exibida em todas as telas, a imagem serve como identificação visual para usuários – útil para diferenciar produtos parecidos ou evitar erros (especialmente quando há muitos itens). Ela complementa a descrição textual com um aspecto visual, melhorando a usabilidade do sistema para o usuário final.
- Modelo 
 Regras: campo de texto livre, até 100 caracteres. Opcional. Pode ser utilizado para indicar um modelo, versão ou variação textual do produto. Por exemplo: um fabricante pode produzir diferentes modelos de um mesmo produto base – esse campo pode armazenar algo como “Modelo X2000” ou “Coleção Verão 2025”. Não há validações específicas além do tamanho máximo; pode repetir valores se mais de um produto compartilhar modelo (pois não é um campo de chave/ID, apenas informativo).
Impacto: o conteúdo do campo Modelo é exibido na listagem de produtos em conjunto com o nome (o sistema geralmente mostra “Nome – Modelo” para facilitar identificação). Embora não seja usado em cálculos ou integrações fiscais, pode aparecer em relatórios internos ou ser concatenado ao nome do produto em algumas impressões. Serve principalmente para auxiliar na busca e organização quando existem produtos semelhantes diferenciados pelo modelo. Exemplo: Produto: Camisa Polo, Modelo: Slim Fit – o usuário consegue distinguir da Camisa Polo modelo Tradicional pelo campo modelo nos filtros e listagens.
- Valor Unitário Últ. Compra 
 Regras: campo numérico monetário. Pode ser preenchido manualmente no cadastro inicial ou deixado em branco/zero. Não é obrigatório inserir um valor ao cadastrar um novo produto – caso não saiba, pode deixar zerado. Aceita casas decimais (formato moeda, em Reais R$).
Observação: ao salvar, este campo pode ser automaticamente formatado; por exemplo, se digitar “100” o sistema grava “R$ 100,00”.
Impacto: este campo armazena o último preço pago na aquisição do produto. Inicialmente, se você informar um valor, servirá de referência de custo até ocorrer uma compra real. A cada entrada de estoque (como uma nota de compra ou lançamento de compra direta) o sistema atualiza o “Valor Últ. Compra” para o preço daquela entrada. Esse dado é muito útil para análise de compras e precificação: em conjunto com o custo médio, permite verificar tendências de aumento de custo. Além disso, algumas empresas usam o último custo como base para calcular preços de venda ou margem (especialmente se não houver um custo médio consolidado).
Em relatórios financeiros, o último custo pode aparecer para cálculo de valor de estoque atual ou como comparativo em relatórios gerenciais (por exemplo, margem = preço de venda atual x último custo). Note que este campo é informativo – não interfere diretamente em lançamentos contábeis (quem entra nas contas é o lançamento da compra em si), mas sim em análises internas.
- Custo Médio 
 Regras: campo calculado automaticamente pelo sistema. Não é editável manualmente – ele aparece desabilitado (cinza) no formulário. O valor é expresso em moeda (R$) e representa o custo médio ponderado do estoque do produto. Inicia vazio ou zero, e após as primeiras entradas de estoque, passa a ser calculado. A fórmula padrão é: Custo Médio = (Valor total em estoque do produto) / (Quantidade em estoque), considerando compras e produções, seguindo o método de custo médio ponderado contínuo.
Impacto: o custo médio é utilizado pelo sistema para valoração de estoque e apuração de custo de vendas. Por exemplo, ao emitir um relatório de estoque atual, o valor do item em estoque é calculado com base em seu custo médio * quantidade em estoque. Quando há baixa de estoque por venda, o sistema pode utilizar o custo médio para gerar lançamentos de custo da mercadoria vendida (CMV) nas demonstrações de resultados ou em integração contábil.
Além disso, esse campo pode ser usado como base de cálculo em tabelas de preço do tipo markup (se houver tabelas configuradas para aplicar uma margem sobre o custo médio). Por ser atualizado a cada entrada (compra) ou ajuste de custo, ele reflete a média paga pelo produto ao longo do tempo, diluindo variações de preço. Para o usuário, é uma referência importante: permite ver no cadastro quanto, em média, o produto tem custado, ajudando na definição de preços de venda e na análise de lucratividade.
- Empresa 
 Regras: aparece apenas em ambientes com controle multiempresa ou BPO. Deve-se selecionar a empresa à qual o produto pertence. Em contextos padrão (não BPO), ao cadastrar produto enquanto logado em uma empresa específica, o sistema pode já vincular automaticamente a empresa ativa e nem exibir este campo. Em ambiente BPO (Business Process Outsourcing) ou multiempresa consolidado, este campo é obrigatório, exigindo que se escolha qual empresa “dona” do produto. Não é possível deixar em branco e, uma vez salvo o produto, não é possível alterar a empresa vinculada – o tooltip do sistema inclusive alerta que após salvar, não poderá mudar a empresa do produto. Se a organização usa Plano de Contas diferenciado por empresa, o sistema habilita configurações adicionais de categoria financeira por empresa (ver item 24).
Impacto: a empresa definida delimita a visibilidade e uso do produto. Cada produto pertence exclusivamente a uma empresa (a menos que seja um cadastro global “Todas” – nos casos em que o campo empresa pode ficar vazio indicando uso compartilhado, o que depende da configuração do sistema). Isso significa que ao emitir uma venda ou nota fiscal, somente aparecerão produtos vinculados à empresa em questão.
Em ambientes multiempresa sem BPO, se o produto for global (Empresa: Todas), ele poderá ser utilizado em qualquer empresa do grupo – mas então recomenda-se configurar categorias financeiras por empresa para esse produto (conforme seção de categorias específicas). No geral, manter o produto corretamente associado garante segregação das operações: por exemplo, no Financeiro, as receitas e despesas geradas pelas movimentações do produto irão para a empresa apropriada. Também impede misturar estoque – cada empresa terá seu controle de estoque separado para o mesmo produto se ele for duplicado em outra empresa.
Atenção: pense bem antes de cadastrar um produto em uma empresa ou global; após salvar, caso perceba que deveria estar em outra empresa, será necessário recadastrar o item manualmente na empresa correta e bloquear/excluir o antigo, pois não há como transferir automaticamente.
5) Seção – Vendas
Figura 5: Seção Vendas

- Item de venda? 
 Regras: toggle Sim/Não. Padrão Sim (marcado como verdadeiro, o sistema já considera que a maioria dos produtos serão vendidos). Se definido como Não, significa que o produto não será comercializado externamente. Essa configuração habilita ou desabilita vários campos fiscais e de preço: ao marcar “Não”, os campos NCM, Origem, Tipo de Item, etc., ficam escondidos ou desativados, pois não serão necessários para um item que não gera nota de venda. Pode-se alternar essa opção mesmo após criar o produto, mas cuidado: mudar para “Não” um produto que já foi vendido pode impedir usos futuros em vendas. Inversamente, mudar para “Sim” exigirá preencher os campos fiscais antes de salvar.
 Impacto: esse campo determina se o produto aparecerá nas telas de Vendas/Pedidos/Notas Fiscais de produto. Se Item de venda = Não, o produto não será listado para seleção em pedidos de venda ou NF-e de produtos. Ele fica restrito ao módulo de estoque (pode entrar e sair via ajustes internos, requisições de consumo, etc., mas não vai para clientes). Isso é útil para itens de uso interno (como materiais de consumo ou insumos que não são vendidos diretamente). Por outro lado, itens de venda Sim são considerados mercadorias comercializáveis: precisam de configuração fiscal completa para NF-e. Quando marcado como Sim, o sistema exige o preenchimento dos campos NCM e Origem, e recomenda os demais, garantindo que você tenha todos os dados para emitir nota fiscal de venda desse produto. Em resumo, marcar corretamente esse campo evita problemas fiscais (não tentar emitir NF-e de um produto sem NCM, por exemplo, ou não permitir que um insumo apareça equivocadamente para faturamento). Na listagem de produtos, geralmente há uma coluna “Tipo” indicando Produto ou Serviço, e esse flag que define (produtos com servico=false e venda=true aparecem como “Produto”, se fosse servico=true seria um serviço, mas note: serviço é outro tipo de cadastro separado). Então, para produtos físicos, mantenha Item de venda = Sim exceto se for algo que nunca será vendido separadamente.
- NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) 
 Regras: Obrigatório para item de venda (se Item de venda? = Sim). Trata-se de um código de 8 dígitos numéricos que classifica a natureza do produto para fins aduaneiros e fiscais. No sistema, selecione o NCM a partir da lista carregada (o BomControle possui uma tabela de códigos NCM cadastrados; você pode digitar a descrição ou código para buscar e selecionar). Não é possível digitar um NCM inexistente – deve ser um dos códigos oficiais vigentes. Se Item de venda = Não, o campo NCM fica desabilitado. Caso o produto seja vendido, o NCM não pode ficar em branco; se tentar salvar sem, o sistema alertará para preencher.
 Impacto: o código NCM é essencial na emissão de NF-e para produtos. Ele define a tributação federal (IPI, por exemplo) e serve de base para aplicação de impostos estaduais (ICMS, substituição tributária) e municipais (ISS, quando aplicável a serviços, embora serviços usem outro código geralmente). Na NF-e, o NCM vai impresso no DANFE e no XML para cada item, e qualquer erro ou incoerência pode resultar em rejeição da nota fiscal pela SEFAZ. Além disso, o NCM é utilizado nos cálculos do IBPT (Lei da Transparência Tributária – cálculo do % aproximado de tributos federais/estaduais) se sua empresa informar esses dados na nota. Em relatórios gerenciais, você pode listar vendas ou estoque por NCM para analisar faturamento por categoria fiscal. Portanto, manter o NCM correto para cada produto garante conformidade legal e evita pagar impostos incorretos. Dica: consulte seu contador ou a tabela oficial NCM para encontrar o código adequado se tiver dúvida, pois escolher um NCM errado pode significar tributar errado o produto.
- CEST 
 Regras: campo opcional. Deve ser preenchido somente se o produto estiver sujeito à Substituição Tributária de ICMS e a legislação exigir um Código Especificador da Substituição Tributária (CEST) correspondente. O CEST é um código de 7 dígitos. No sistema, assim como o NCM, há uma lista de códigos CEST disponíveis para seleção (geralmente vinculados a NCMs ou famílias de produtos). Se necessário, comece a digitar para filtrar o código/nome e escolha o correto. Se o produto não se enquadra em ST, deixe em branco. O campo fica desabilitado quando Item de venda = Não.
 Impacto: o CEST, quando aplicável, será impresso na NF-e de produto nas operações internas ou interestaduais com Substituição Tributária. Muitas SEFAZ estaduais passaram a rejeitar NF-es de itens que têm regime de ST se o CEST não estiver informado ou estiver incorreto. Portanto, caso seu produto tenha ST (por exemplo, artigos alimentícios, bebidas, autopeças, etc., conforme convênio que define a lista de CESTs), é imprescindível incluir o código aqui. Na prática, o BomControle utilizará esse campo para validar notas: se um determinado CST de ICMS de ST for aplicado, ele verifica se há CEST no produto; se não houver, pode impedir a emissão ou gerar aviso. Fora da NF-e, o CEST não é muito usado internamente, mas compõe os dados fiscais do produto. Em resumo, preencher esse campo corretamente quando necessário evita problemas no faturamento e garante que a nota atenda à legislação estadual.
- Origem da Mercadoria 
 Regras: Obrigatório para itens de venda. É selecionado a partir de uma lista fixa (enumerada) com as opções de origem definidas na legislação de ICMS/IPI:
- 0 – Nacional 
- 1 – Estrangeira – Importação direta 
- 2 – Estrangeira – Adquirida no mercado interno 
- … e assim por diante até 8 ou 9 conforme atualizações legislativas. 
 Escolha a que corresponde ao produto: normalmente, produtos adquiridos de fornecedores nacionais são “0 – Nacional”, importados diretamente “1”, importados via terceiros “2”, e há casos específicos como produto com conteúdo de importação > 40% (3) etc. O sistema exige uma seleção se for item de venda; se não selecionar, não deixa salvar. Quando Item de venda = Não, o campo fica inativo.
 Impacto: esse código de origem é usado na determinação da tributação do ICMS e IPI na NF-e. Na nota fiscal, para cada item, existe o campo de Origem do item (parte do CST do ICMS e informações do IPI). Informar a origem correta é crucial: por exemplo, alguns CSTs de ICMS são válidos apenas para itens de origem importada ou nacional. A SEFAZ verifica a consistência entre o código de origem e o CST/CSOSN de ICMS do item. Portanto, um erro aqui pode gerar rejeição da nota ou, pior, recolhimento incorreto de imposto. Internamente no sistema, a origem também pode influenciar cálculos: por exemplo, empresas do Simples Nacional podem ter campos de alíquota diferenciada se origem for importada (imposto de importação). Do ponto de vista do usuário final, isso reflete no preço final e no compliance fiscal – é um detalhe técnico, mas de grande impacto legal. Sempre confirme a origem com seu fornecedor ou documentação de importação ao cadastrar. Uma vez salvo, dificilmente precisará mudar (exceto se passar a comprar o mesmo produto de origem diferente, mas nesse caso recomenda-se criar dois cadastros distintos, um para nacional outro importado, se a tributação diferir).
- Tipo de Item (Código/Descrição) 
 Regras: obrigatório para item de venda. Selecionado de uma lista de tipos de item da nota fiscal, conforme tabela do sistema (geralmente baseada no Código 02 – Tipo do item – NFe: exemplos: 00 – Mercadoria para Revenda, 01 – Matéria-Prima, 02 – Embalagem, 04 – Produto Intermediário, 06 – Produto Acabado, 10 – Outros insumos, 99 – Outras). A lista no BomControle é acessada via combo Tipo de Item; escolha aquele que melhor define a função do produto na empresa. Para mercadorias vendidas normalmente, usa-se “00 – Mercadoria para Revenda” (se você revende o produto sem industrialização) ou “06 – Produto Acabado” (se você o produz e vende). Já se o item não é vendido, mas compõe custos, poderia ser matéria-prima etc. Se Item de venda = Não, o campo é desativado.
 Impacto: este campo não aparece visualmente para o cliente, mas vai no XML da NF-e no código de tipo do item. Ele é importante para obrigações acessórias, como o SPED Fiscal e Contribuições, pois ajuda a classificar os itens nos registros. Por exemplo, distinguir o que é insumo do que é produto acabado. Algumas apurações de crédito de PIS/COFINS utilizam o tipo do item para definir se geram crédito ou não (insumos geram crédito de PIS/COFINS não cumulativo, produtos para revenda também, etc.). Portanto, escolher o tipo correto garante que, nas saídas e entradas, o item esteja categorizado adequadamente para fins fiscais. Do ponto de vista do sistema, isso é um dado principalmente fiscal/contábil; operacionalmente, não muda o comportamento do estoque ou venda no dia a dia, mas é essencial na retaguarda contábil. Em suma, preencha conforme a natureza do item no seu negócio – se tiver dúvida, consulte a contabilidade para saber em qual tipo aquele produto se enquadra.
- Código do Benefício Fiscal (UF) 
 Regras: campo alfanumérico, até 50 caracteres. Opcional. Deve ser preenchido somente se a legislação do seu estado exigir um código de benefício fiscal na nota para aquele produto. Alguns estados implementaram códigos para identificar isenções, reduções de base ou outros benefícios (por exemplo, em São Paulo existe um código para identificar isenção de ICMS de determinados produtos na NF). Se for o caso, insira o código exato fornecido na legislação (geralmente uma sequência de letras/números). Caso contrário, deixe em branco. Campo habilitado apenas se Item de venda = Sim.
 Impacto: quando informado, o Código de Benefício será incluído no XML da NF-e (campo <cBenef>, se previsto no schema da NF-e) para cada item. Isso permite que a nota seja emitida dentro das regras do seu estado – por exemplo, em alguns estados, a falta do código de benefício em itens com algum incentivo fiscal resulta em rejeição da NF-e ou na perda do benefício (cobrança de imposto integral). Portanto, esse campo garante a conformidade fiscal local do produto. Para usuários comuns, pode parecer irrelevante, mas para a área fiscal é muito importante. Internamente, esse código não afeta cálculos (quem afeta é a configuração tributária em si), mas é uma etiqueta informativa exigida. Assim, sempre que cadastrar produtos que possuam algum tratamento tributário especial (como isenção de ICMS, redução de alíquota etc.), consulte se há um código de benefício fiscal a ser declarado e insira aqui. Isso será usado automaticamente na nota, sem esforço adicional.
- Peso (em kg) 
 Regras: campo numérico, aceita casas decimais (até 3 decimais de precisão, p.ex. 1.250 kg). Opcional. Informe o peso unitário bruto do produto em quilogramas, caso seja relevante. Se deixar em branco, entende-se peso zero (mas convém preencher com pelo menos uma estimativa para produtos físicos vendidos). O valor mínimo permitido é 0,001 (não use zero, a não ser que de fato o item seja isento de peso, como um serviço). O sistema pode limitar valores muito grandes por questões de máscara (máximo 99999999999999,999 kg, o que é praticamente sem limites reais). Campo desabilitado se Item de venda = Não (embora peso pudesse ser útil para estoque, ele foi orientado aqui para frete/venda; se precisar, pode habilitar temporariamente item de venda, preencher, depois desabilitar).
 Impacto: o peso é utilizado principalmente para cálculo de frete e transporte. Na emissão da NF-e, o peso de cada item pode ser somado para compor o peso total da nota (campo peso bruto e líquido total). Transportadoras e correios usam o peso declarado para tarifação; portanto, manter o peso correto dos produtos agiliza a geração de etiquetas de frete e evita diferenças. Além disso, em operações de exportação ou controle de estoque, o peso pode ser útil para avaliar quantos quilos de determinado produto há em estoque, ou a capacidade de armazenamento necessária. Não preencher o peso não impede a nota de ser emitida, mas é recomendado por boas práticas. Em alguns casos, integradores logísticos ou módulos de expedição dentro do BomControle podem puxar esse peso para sugerir embalagens ou calcular custos. Em relatórios internos, você poderia calcular o volume de mercadoria expedida (soma de pesos) num período. Enfim, é um campo de uso logístico; se seu negócio não usa, não tem problema deixar vazio, mas se usa (especialmente e-commerce ou entregas), mantenha atualizado.
6) Seção – Tabela de Preço
Figura 6: Seção Tabela de Preço

- Tabela de preço 
 Regras: não é um único campo, mas uma seção do formulário. Aparece sempre que mostrarTabelaPreco estiver ativo (por padrão, para produtos de venda está ativo). Nessa seção, o sistema lista as tabelas de preço que afetam o produto e permite configurar valores. Dentro da seção, pode haver colunas como: Nome da Tabela, Valor, Valor Mínimo, Valor Máximo, Markup (indicador), etc., dependendo do tipo de tabela. As regras de preenchimento são: se sua empresa utiliza múltiplas tabelas de preços, cada produto pode ter um preço diferente em cada tabela. Você deve inserir o valor de venda ou o percentual (conforme o caso) para este produto em cada tabela listada. Por exemplo, suponha que existam duas tabelas cadastradas – “Preço Varejo” e “Preço Atacado”. Na seção serão exibidas duas linhas onde você pode definir: Preço Varejo = R$ 100,00, Preço Atacado = R$ 90,00 (ou eventualmente um markup de X% sobre o custo, caso a tabela seja do tipo markup). O sistema pode permitir edição direta desses valores nessa tela ou solicitar que abra a tela de tabela de preço para atualizar – isso depende da configuração, mas geralmente dá para ajustar diretamente. Valores mínimos e máximos: opcionalmente, pode-se preencher um Valor Mínimo e Máximo para cada produto na tabela, que representam limites para descontos ou acréscimos permitidos na venda (ex: preço padrão R$100, mínimo R$90 – vendedores não podem vender abaixo de 90 sem autorização). O sistema valida que Valor Mínimo não seja maior que o Valor Máximo ao salvar (deve manter Min ≤ Valor ≤ Max). Se a tabela for do tipo markup (percentual), os campos serão em porcentagem ao invés de reais (% markup desejado e limites).
 Impacto: as tabelas de preço permitem que o produto tenha preços diferenciados por canal ou condição. Por exemplo, ao criar um pedido de venda, você escolhe qual tabela de preço aplicar (ou o sistema assume a tabela padrão do cliente); daí, o preço do produto virá automaticamente conforme definido nessa seção. Isso garante coerência e agilidade – o vendedor não precisa lembrar de preços, o sistema puxa conforme a tabela configurada. Impactos específicos:
- Módulo de Vendas: O preço faturado do produto será aquele da tabela vigente. Se você atualizar um preço nessa seção, todos os novos pedidos/notas usarão o novo valor. 
- Financeiro: a margem de contribuição e receita são afetadas pelo preço de venda – então utilizar bem as tabelas permite controlar descontos. O Valor Mínimo, se configurado, evita que vendas saiam com preços abaixo do aceitável, protegendo a margem. 
- Relatórios de Preços: você consegue extrair listas de preços por tabela, já que estão cadastradas. Também facilita reajustes em massa – existe cadastro específico de tabelas de preço para isso, mas no produto você vê rapidamente em quais tabelas ele está e quais os valores. 
- Promoções/Validade: as tabelas têm vigência (data início/fim). A seção no produto mostrará apenas tabelas ativas naquele momento. Se um preço não pode ser alterado aqui (campo bloqueado), pode ser porque a tabela não está vigente ou porque é calculada (ex: markup automático sobre custo médio – nesses casos o Preço Tabela é calculado dinâmico). 
 Em suma, essa seção integra o cadastro de produto ao módulo de política de preços. Sempre confira após cadastrar um produto novo se ele foi incluído na tabela de preço padrão da empresa – caso contrário, poderá aparecer sem valor no pedido, exigindo inserção manual. No BomControle, geralmente a tabela de preço “Padrão” é aplicada automaticamente aos produtos novos com o campo Valor inicial em branco, cabendo ao usuário preencher antes da primeira venda.
7) Seção – Grade de Produto
Figura 7: Seção Grade de Produto

- Grade de Produto (Variações) 
 Regras: por padrão vem desativada (toggle Não). Se você deseja criar variações do produto (também conhecido como grade – combinações de atributos como cor, tamanho, etc.), altere o toggle Montar grade de produtos para Sim. Ao fazer isso, o botão “Montar grade de produtos” fica disponível. Ao clicar nesse botão, abre-se uma janela/modal onde você poderá definir os atributos da grade. Regras dentro do modal: primeiro escolha a Característica 1 (por exemplo, “Cor”) e, opcionalmente, uma Característica 2 (por exemplo, “Tamanho”). O sistema pode já ter características predefinidas (você pode cadastrar novas se precisar).
Em seguida, selecione ou cadastre as Variações de cada característica (ex: para Cor: Azul, Vermelho; para Tamanho: P, M, G). Ao confirmar, o sistema irá gerar automaticamente todas as combinações (ex: Azul-P, Azul-M, Azul-G, Vermelho-P, M, G). De volta à tela do produto, essas combinações serão listadas em forma de tabela na seção Grade. Cada linha terá colunas: Variações (descrição das características combinadas), Referência, Código de Barras e Quantidade. Regras adicionais: você deve preencher uma Referência única para cada variação (pode usar código próprio ou o sistema gera algo concatenando código do produto + um sufixo). Código de Barras para cada variação é opcional, mas se informado deve ser único (não repetir entre variações e outros produtos). A Quantidade exibida é a soma em estoque daquela variação (não editável manualmente aqui – reflete o saldo atual, 0 inicialmente). Você pode remover variações indesejadas clicando no ícone de lixeira em cada linha (talvez antes de salvar, se criou alguma combinação que não existe de fato).
Impacto: habilitar a Grade transforma o produto em um produto pai com itens filhos (variações) atrelados. Isso traz vários efeitos no sistema:
- Estoque: o controle de estoque passa a ser detalhado por variação. O campo “Quantidade Total em Estoque” do produto mostrará a soma de todas as variações, e a seção “Lotes” (se usar lotes) também se subdividirá por variação. Você não lança mais estoque no produto genérico, e sim na variação. Por exemplo, ao dar entrada de 10 unidades do produto Camisa Polo Azul tamanho M, você informará essa variação específica. Assim, cada variação tem seu saldo e movimentações próprias. 
- Vendas/Compras: ao adicionar o produto em um pedido de venda ou compra, o sistema vai pedir que escolha a variação específica. Geralmente, na busca de itens, o produto gradeado aparece uma vez e, ao selecioná-lo, abre um seletor para escolher a variação (ou cada variação aparece listada separadamente com seu código e descrição – isso depende da interface). De qualquer forma, a NF-e e os pedidos discriminarão qual variação (ex.: “Camisa Polo – Cor: Azul / Tam: M”). 
- Código/Referência: cada variação pode ser considerada praticamente um sub-produto. A referência de cada uma deve ser única (o sistema exige preencher) e pode ser usada como código para leitura/etiqueta. O código de barras individual possibilita, por exemplo, escanear diretamente a variação no PDV/estoque e o sistema identificar qual é. 
- Relatórios: o produto principal consolida dados, mas você pode detalhar por variação. Por exemplo, relatório de vendas da Camisa Polo pode lhe mostrar quantas de cada cor/tamanho foram vendidas. Estoque mínimo/crítico (se configurado) normalmente se aplica ao total consolidado, mas a empresa pode controlar variações separadamente definindo limites pensando em cada uma. 
- Preço: todas as variações herdam o cadastro de preço do produto principal. Ou seja, se Camisa Polo tem preço R$100, todas cores e tamanhos saem por R$100, a menos que você cadastre como produtos separados. O sistema não tem preço distinto por variação dentro de um mesmo produto (nesse caso, seria melhor criar produtos separados ou usar outro atributo de diferenciação). 
- Cadastro simplificado: a grande vantagem da grade é cadastrar uma vez e gerar vários itens. Se não utilizar e fizer cada combinação como um produto independente, daria muito mais trabalho e perderia a noção de conjunto. 
 Atenção: após salvar com grade habilitada e movimentar estoque, não é recomendado desativar a grade. O sistema até permite retornar o toggle para Não (desmontando a grade), mas somente se todas as variações não tiverem mais estoque e registros, o que na prática significaria exclusão das variações – um processo complexo. Portanto, ative a grade apenas quando tiver certeza de que aquele produto realmente precisa das variações. Uma vez implementada, a grade traz enorme benefício no controle detalhado, principalmente em segmentos de vestuário, calçados, materiais com diferentes dimensões, etc.
8) Seção – Categorias Financeiras
Figura 8: Seção Categorias Financeiras

- Categoria financeira padrão – Entrada de produto 
 Regras: seleção opcional de uma Categoria Financeira (do plano de contas gerencial) para vincular às despesas de estoque deste produto. No combo hierárquico, escolha a categoria que melhor representa o gasto quando este item é adquirido/produzido. Exemplo: se for um produto para revenda, pode vincular “Custo de Mercadorias Vendidas”; se for insumo de produção, talvez “Matéria-Prima”; se for ativo imobilizado, alguma conta de imobilizado, etc. Você só pode selecionar categorias do tipo Despesa (o sistema filtra apenas categorias de natureza saída de dinheiro, já que entrada de produto gera um lançamento a pagar ou custo). Não é obrigatório definir – porém, se não preencher aqui, ao lançar uma nota de compra desse produto, o sistema pode pedir manualmente para classificar. Em ambientes BPO, se o produto tiver empresa definida, esse campo pode ficar obrigatório (depende da configuração 668, que se refere a plano de contas específico por empresa). Via de regra, preencha se sua empresa deseja automatizar a classificação contábil das compras.
 Impacto: esse campo é extremamente útil para automação financeira. Quando você der entrada de estoque (por compra, importação de XML de fornecedor, etc.), o sistema automaticamente classificará o lançamento financeiro (contas a pagar e despesa) na categoria informada. Isso significa que, ao invés de o usuário precisar selecionar a conta contábil de despesa a cada nota, o BomControle já sabe “Compras do produto X vão para a categoria Y”. Assim, relatórios de DRE (Demonstração de Resultados) ou análises de despesas por produto ficam consistentes e automáticos. Por exemplo, todos os gastos com o produto “Parafuso” irão para “Despesa – Parafusos e Fixadores” se essa for a categoria padrão definida, sem depender da memória do lançador. Se esse produto for multiempresa (cadastro global sem empresa atrelada), e sua empresa usar planos de contas específicos por empresa, você deverá então configurar categorias por empresa na sub-seção abaixo (Empresas com Plano de Contas diferenciado). Em resumo, definir a categoria financeira de entrada garante que o custo do produto seja contabilizado corretamente no momento zero. Se optar por não definir, o sistema poderá lançar na categoria genérica ou pedir intervenção manual, aumentando trabalho e risco de classificação errada.
- Categoria financeira padrão – Saída de produto 
 Regras: semelhante ao anterior, mas para receita de vendas. Selecione a Categoria Financeira (natureza Receita) que representará a receita obtida quando este produto é vendido. Exemplo: “Receita Bruta de Vendas – Linha XYZ” ou “Faturamento – Serviços” (dependendo do tipo, mas aqui tratando de produto físico). O combo lista somente categorias de receita (crédito). Também não é obrigatório preencher, mas altamente recomendado para automatizar a parte de receitas. Não preencha se preferir classificar manualmente ou se o produto não gera receita direta (por ex, um item de consumo interno teria venda = Não, e talvez nem categoria de saída faça sentido – nesse caso ignore).
 Impacto: quando você emitir uma Nota Fiscal de Saída (venda) ou registrar um Pedido/Fatura para esse produto, o sistema, ao integrar com o financeiro, classifica o valor da venda nessa categoria informada. Isso alimenta o Contas a Receber e os relatórios de faturamento por categoria automaticamente. Em uma DRE gerencial, as vendas daquele produto somarão na categoria definida, permitindo análises por linhas de produto, por segmento, etc., sem esforço manual. Por exemplo, se o produto “Serviço de Consultoria” estiver com categoria saída “Receitas de Serviços de Consultoria”, toda vez que for vendido, a receita cairá nessa conta. Novamente, em multiempresa global, se o produto não está vinculado a uma empresa específica, poderá ser necessário especificar categorias por empresa (se cada empresa tem sua própria conta de receita para aquele item). O não preenchimento significa que o sistema usará alguma categoria padrão ou obrigará o usuário a escolher no ato da venda (o que pode gerar inconsistências se cada vendedor escolher diferente). Portanto, para coerência contábil e gerencial, configure a categoria de saída nos produtos vendidos – isso lhe dará relatórios financeiros fiéis ao mix de vendas da empresa, sem trabalho extra.
9) Seção – Permissão de Entrada em Estoque
Figura 9: Seção Permissão de Entrada em Estoque

- Bloquear Entrada em Estoque? 
 Regras: opção em forma de toggle (interruptor) com valores Não/Sim. Por padrão vem marcado Não, permitindo entradas normalmente. Se alternado para Sim, ativa o bloqueio de novas entradas. Importante: ao marcar Sim, o campo Motivo (item 11) torna-se obrigatório – não é possível salvar enquanto “Bloquear Entrada” = Sim sem fornecer uma justificativa. Essa configuração pode ser alterada a qualquer momento (mesmo após o produto já ter movimentações), mas bloqueios de entrada geralmente são utilizados quando o produto é descontinuado ou tem sua compra suspensa.
 Impacto: quando Bloquear Entrada em Estoque = Sim, o sistema impede lançamentos de entrada para o produto. Ou seja, não será possível registrar novas compras, devoluções de venda ao estoque, produções ou quaisquer movimentações que aumentem o estoque desse item. Caso alguém tente, o BomControle exibirá uma mensagem informando que o produto está bloqueado para entradas. Essa funcionalidade é útil, por exemplo, se o produto foi descontinuado pelo fornecedor ou substituído por outro – evita-se cadastrar pedidos de compra inadvertidamente. Note que o bloqueio não afeta a saída: o item ainda pode ser vendido ou baixado enquanto houver saldo. Financeiramente, o bloqueio de entrada não tem efeito direto exceto por impedir novas despesas com aquele produto. Operacionalmente, serve como controle interno. Exemplo: você decide não comercializar mais o produto X; marca Bloquear Entrada e escreve o motivo “Produto fora de linha – substituir pelo modelo Y”. Assim, o setor de compras, ao tentar repor X, será alertado e não conseguirá prosseguir, evitando estoque indesejado.
- Motivo (do bloqueio de entrada) 
 Regras: campo de texto, até 250 caracteres. Obrigatório quando Bloquear Entrada estiver marcado como Sim; fica desativado (cinza) quando o bloqueio está em Não. Deve conter uma justificativa clara para o bloqueio do produto – por exemplo: “Produto obsoleto, substituído pelo código XYZ” ou “Bloqueado por qualidade: aguardando definição”. Não há formatação automática, mas é recomendável ser conciso e explicativo.
 Impacto: o motivo do bloqueio serve como documentação interna. Ele aparece quando alguém edita o cadastro do produto ou em relatórios administrativos listando produtos bloqueados. Assim, todos os usuários entendem por que não se pode mais comprar aquele item. Por exemplo, se um usuário tentar incluir o produto numa entrada de estoque, a mensagem de erro poderá incluir o motivo do bloqueio informando a razão (isso depende da implementação, mas o dado está disponível para alerta). Mesmo internamente, ao rever o cadastro meses depois, o administrador saberá o contexto do bloqueio graças a essa nota. Este campo não é utilizado externamente (não sai em NF-e ou nada voltado a cliente), apenas guia decisões internas. Mantê-lo preenchido adequadamente ajuda na gestão de catálogo, especialmente em empresas com muitos itens e vários responsáveis.
10) Seção – Categorias
Figura 10: Seção Categorias

- Classe 
 Regras: campo opcional de classificação. É um combo no qual você seleciona a Classe de Produto pré-cadastrada (por exemplo: Matéria-Prima, Produto Acabado, Serviço, etc., dependendo da configuração da empresa). Caso a classe desejada não exista, é possível adicioná-la rapidamente via modal de cadastro rápido (ícone “+” ao lado do campo). Não é obrigatório escolher uma classe, mas se sua empresa usa categorização hierárquica, é interessante preencher. Não há impedimento de salvar sem classe (ficando “Sem classe”). Validação: se utilizado, só aceita valores da lista de classes ativas (não bloqueadas).
 Impacto: a Classe é o nível mais geral de classificação do produto. Ela permite filtrar relatórios e telas por categoria ampla. Por exemplo, você pode querer extrair um relatório de estoque apenas de produtos da classe “Matéria-Prima” ou uma análise de vendas de itens da classe “Serviços”. Além disso, algumas regras de negócio podem ser definidas por classe – por exemplo, a empresa pode estipular que produtos da classe X usem determinadas contas contábeis por padrão. No cadastro de produto, a classe selecionada pode influenciar a lista de grupos disponíveis (se o sistema estiver configurado para segmentar grupos por classe; por padrão, os campos são independentes, mas conceitualmente costuma-se ter relação). Em termos de integração fiscal, a classe não vai na NF-e, mas pode corresponder a um Tipo de Item fiscal amplo. Para o usuário final, definir classes ajuda a organizar o catálogo, principalmente se há muitos produtos: fica mais fácil agrupar e encontrar itens pertencentes a um mesmo tipo genérico.
- Grupo 
 Regras: campo opcional, relacionado à Classe. O Grupo de Produto é uma subcategoria dentro da classe. No combo, serão listados grupos cadastrados (muitas vezes filtrados pela classe escolhida, caso a empresa estruture assim). Exemplo: Classe “Eletrônicos” pode ter grupos “Computadores”, “Periféricos”, “Smartphones”, etc. Tal qual a classe, se precisar incluir um novo grupo, use o atalho de cadastro rápido. Não obrigatório para salvar (pode ficar “Sem grupo” se não quiser usar essa categorização).
 Impacto: o grupo refina a classificação do item. Influencia buscas e relatórios de maneira mais específica. Na listagem de produtos do sistema, geralmente o Grupo aparece e logo em seguida a Família (item 14), permitindo ver a hierarquia. Você pode filtrar tela de pesquisa para mostrar todos produtos do grupo “Computadores”, por exemplo, o que é muito útil para análises por linha de produto. Financeiramente, grupos podem ser usados para segmentar receitas e despesas: algumas empresas fazem relação de grupo com alguma conta gerencial (embora o vínculo formal seja via categorias financeiras, não via grupo). Em integrações ou exportações de dados, o grupo pode servir de atributo classificatório. Em resumo, utilizar grupos dá maior poder de organização e facilita aplicar ações coletivas (como promoções para todo um grupo de produtos ou controle de permissões de acesso por grupo, se o sistema prever). Se sua empresa estruturou bem as classes e grupos, aproveite para preencher esses campos em cada produto.
- Família 
 Regras: campo opcional, terceiro nível de categoria (mais específico). Família de Produto normalmente é a subdivisão dentro de um grupo. Exemplo: Grupo “Computadores” pode ter famílias “Notebooks”, “Desktops”, “Servidores”. A seleção é feita em um combo com as famílias cadastradas (que possivelmente filtram pelo grupo escolhido anteriormente, caso configurado hierarquicamente). Pode usar o cadastro rápido para criar uma nova família se necessário. Não obrigatório preencher; sem família, o produto fica categorizado apenas até grupo.
 Impacto: é o nível mais específico de categorização no cadastro de produto. A família permite granular ainda mais relatórios e consultas. Por exemplo, se você deseja ver o estoque apenas de Notebooks (família dentro de Computadores), ou as vendas apenas de Tintas látex (família dentro do grupo Tintas, classe Materiais de Construção, por exemplo). Quanto mais detalhada a classificação, mais opções de análise segmentada você terá. No sistema BomControle, essas categorias (Classe/Grupo/Família) são principalmente para fins gerenciais e operacionais internos – não são campos que aparecem em documentos fiscais. No entanto, elas podem ser usadas em algumas automatizações, como por exemplo: determinar que todos produtos da família X usem determinada Categoria Financeira ou tenham um determinado imposto configurado (em módulos avançados de configuração, fora do escopo do cadastro básico). Em termos de usabilidade, preencher a família ajuda na organização fina do catálogo, principalmente em empresas com milhares de itens, onde localizar algo por família reduz muito o esforço (imagine filtrar “Família: Notebooks” ao invés de procurar por nome no meio de todos os eletrônicos).
11) Seção – Configuração (Lote/Armazenamento, Outros e Limites de Estoque)
Figura 11: Seção Configuração

- Configuração – Controle de Lote 
 Regras: toggle Sim/Não. Define se o produto terá controle de lote e validade no estoque. Padrão Não (desligado). Marque Sim se este item for controlado por lotes (caso típico: produtos perecíveis, medicamentos com número de lote, produtos que se quer rastrear por lote de fabricação). Importante: o sistema só permite ativar o controle de lote enquanto o produto não tem saldo em estoque e não foi movimentado. Se já existe quantidade em estoque (saldoProduto > 0) ou você está editando um produto existente (novoCadastro = false) que já teve movimentações, o campo fica desabilitado com um tooltip indicando que para alterar o controle de lote o saldo precisa ser zero. Isso evita inconsistências, pois mudar para “Sim” depois de ter estoque exigiria segmentar estoques retrospectivamente em lotes fictícios. Então, ative no momento do cadastro inicial se necessário.
 Impacto: quando Controle de Lote = Sim, todas as entradas de estoque para este produto passarão a exigir informação de número de lote e data de validade (quando aplicável). O BomControle, em módulos de compras/estoque, abrirá campos para você digitar ou selecionar o lote ou criar um novo. Internamente, o sistema cria registros de lote para cada combinação único de lote e data de vencimento do produto. Assim, o estoque do produto deixa de ser um saldo único e passa a ser dividido por lotes. Exemplo: antes, você via “Produto X: 100 un em estoque”. Com lote ativado, pode ficar: Lote A – 40 un (venc. 10/2025), Lote B – 60 un (venc. 02/2026), total 100 un. A tela de Quantidade em Estoque na edição do produto passa a exibir a soma total e, mais abaixo, a seção Lotes (item 31) listando lote a lote. Na expedição/venda, usuários precisarão escolher de qual lote estão tirando (ou o sistema auto-sugere pelo FIFO, se implementado). Isso garante rastreabilidade: você saberá exatamente de qual lote saiu determinado produto vendido – essencial para recalls, controle de qualidade, etc. Fisicamente, significa que sua equipe de estoque deverá armazenar e identificar produtos separados por lote. Em relatórios e na NF-e: o número de lote e validade não vão na NF-e padrão (a não ser que seja uma nota de medicamento via campo específico), mas podem constar em etiquetas ou ser consultados posteriormente. O principal impacto é interno: controla validade (pode impedir venda de produto vencido, se você implementar esse controle – o sistema exibe alerta se tentar movimentar lote vencido dependendo da configuração) e melhora gestão de qualidade. Dica: habilite para itens cuja legislação exige (remédios, alimentos, cosméticos) ou que a empresa queira monitorar de perto. Para itens genéricos sem necessidade, manter desligado simplifica a operação.
- Configuração – Armazenamento Refrigerado & Temperaturas 
 Regras: Armazenamento Refrigerado é um toggle Sim/Não indicando se o produto deve ser mantido sob refrigeração/ambiente controlado. Por padrão vem Não. Se marcar Sim, os campos de temperatura são habilitados. Preencha então Temperatura Mínima (ºC) e Temperatura Máxima (ºC) recomendadas para armazenagem. Esses campos aceitam números (inteiros ou decimais, podendo inclusive ser negativos se for congelado, por exemplo -18). Exemplos: Min 2 ºC, Max 8 ºC para um produto refrigerado típico.
Se Armazenamento Refrigerado = Não, os campos de temperatura ficam desativados e podem ficar em branco. Nenhum desses campos é obrigatório – só insira se for relevante ao produto.
Impacto: essa configuração serve para controle de qualidade e logística. O sistema em si não impede movimentações fora de temperatura, mas registra que o produto requer ambiente especial. Em módulos de gestão de estoque avançados, pode haver integração com controle de ambientes (não no escopo básico do BomControle, mas a informação fica disponível). O principal efeito prático é informativo: funcionários ao consultar o cadastro verão que o item requer refrigeração e qual faixa de temperatura manter. Isso pode aparecer em relatórios de armazenagem ou etiquetas (por ex, etiqueta de prateleira indicando “Manter entre 2ºC e 8ºC”). Em caso de inspeções ou certificações (ISO, ANVISA), poder demonstrar que o sistema registra as condições de armazenamento exigidas por produto é um ponto positivo. Para planejamento logístico, saber quais itens precisam de caminhão refrigerado, câmara fria, etc., evita erros de transporte/armazenagem. 
Em resumo, Armazenamento Refrigerado = Sim adiciona uma camada de informação de que este produto não pode ficar em temperatura ambiente comum; as temperaturas min/max documentam essa exigência. Mantenha atualizado conforme ficha técnica do produto.
- Configuração – Consumo Geral 
 Regras: toggle Sim/Não. Valor padrão Não. Se marcado Sim, indica que o produto será utilizado como consumo interno geral. Não há outros campos ligados; é um simples marcador. Não existem restrições de salvamento associadas – é puramente informativo/indicativo para o sistema.
 Impacto: este campo é usado para diferenciar itens que não geram receita e são consumidos pela própria empresa de forma genérica (por exemplo, materiais de escritório, limpeza, peças de manutenção). Marcá-lo como Sim pode alterar o comportamento de alguns módulos: por exemplo, em requisições de almoxarifado, itens de consumo geral podem ser listados separadamente ou facilitados para baixa direta (como não vendem, consomem).
Também pode servir como filtro em relatórios de estoque para separar “estoque para venda” versus “estoque para consumo”. Financeiramente, produtos com Consumo Geral = Sim normalmente têm categoria de saída irrelevante (já que não há saída vendida; a “saída” seria baixa para despesa). Algumas empresas preferem manter cadastros separados para consumo interno justamente para ter essa marcação. No BomControle, marcar como consumo geral não impede que o item seja vendido se ele estiver como item de venda; é mais uma indicação.
Então, use principalmente para itens Item de venda = Não que existem apenas para controle de estoque interno. Assim, os usuários sabem que aquele produto não deve ser oferecido a clientes. Em suma, é um marcador interno: facilita gestão de estoque próprio e possivelmente pode ser usado para movimentações automáticas de consumo (por exemplo, baixa mensal de estoque de EPIs). Se não se aplica, mantenha em Não sem prejuízo algum.
- Limites de Estoque – Crítico 
 Regras: campo numérico inteiro (sem casas decimais) que representa a quantidade abaixo da qual o estoque é considerado crítico. Opcional, pode deixar vazio ou zero se não quiser usar esse controle. Se for usar, insira um número ≥ 0. Importante: o sistema espera uma relação lógica entre os três limites: normalmente, Crítico ≤ Mínimo ≤ Máximo. Ele valida na hora de salvar: se, por exemplo, você definir Crítico 50 e Mínimo 30, isso será inconsistente (pois 50 não é ≤ 30) – e vai gerar um erro. A mensagem de validação específica é “O limite mínimo de estoque deve ser menor que o limite crítico” se a relação estiver invertida. Da mesma forma, se Crítico for maior que Máximo, haverá erro “O limite máximo de estoque deve ser maior que o limite crítico”.
Portanto, cadastre os limites em ordem crescente (ou iguais, em casos específicos). Não há problema em deixar algum zero: ex, Crítico 0, Mínimo 5, Máximo 20 significa que abaixo de 0 (ou seja, estoque negativo) seria crítico – o que na prática quer dizer que qualquer falta já é crítica; ou Crítico 5, Mínimo 5, Máximo 10 – nesse caso crítico e mínimo coincidem. Evite apenas situações ilógicas (Crítico maior que Min ou Max).
Impacto: o Limite Crítico de estoque é utilizado para sinalizar situações de estoque muito baixo que requerem atenção imediata. No BomControle, ele pode aparecer em relatórios ou dashboards de estoque crítico, listando produtos cujo saldo atual está igual ou abaixo do crítico. Isso ajuda o setor de compras ou produção a priorizar reposição para evitar ruptura. Além disso, se integrado com alertas, o sistema poderia enviar notificações quando o item atingir o nível crítico. 
Diferencia-se do mínimo pois crítico é ainda menor – por exemplo, mínimo 10 (quando chegar em 10 peças, é hora de repor), crítico 2 (quando chegar em 2, já está praticamente acabando, risco de ruptura). Internamente, nada impede vender abaixo do crítico (ele é um indicador, não um bloqueador), mas a empresa não deve deixar chegar nesse ponto.
Portanto, mantenha esse campo atualizado para itens essenciais; se um produto não é tão sensível, pode não definir crítico, usando apenas o mínimo. Quando todos os itens têm críticos bem estabelecidos, fica fácil ao gestor extrair uma lista de “itens em nível crítico” periodicamente para ação. Esse campo não tem efeito direto em finanças ou NF-e, mas tem grande impacto operacional e de atendimento (um estoque crítico ignorado pode levar a falta de produto e perda de venda).
- Limites de Estoque – Mínimo 
 Regras: campo numérico inteiro. Representa o estoque mínimo desejado para o produto. Assim como o crítico, é opcional, mas recomendado. Insira um valor que seja maior ou igual ao crítico e, de preferência, menor ou igual ao máximo. Não há impedimento de salvar se deixar vazio ou zero (zero implica que você não tem um mínimo definido ou considera que não precisa manter estoque do item).
Se preenchido, o sistema só aceitará se cumprir as condições lógicas com os outros limites (veja item crítico acima). Por exemplo, se Crítico = 5, o Mínimo deve ser >=5 (na verdade, em termos de conceito deveria ser > crítico, mas o sistema requer “menor que crítico” para mínimo? Essa validação é invertida internamente; de toda forma, recomenda-se mínimo ≥ crítico).
De maneira geral, defina o mínimo como a quantidade que, ao ser atingida, dispara o processo normal de reposição (pedido de compra, fabricação, etc.).
Impacto: o estoque mínimo é usado para controle de reposição. Em relatórios de estoque, itens cujo saldo atual está abaixo ou igual ao mínimo podem aparecer em listas de sugestões de compra (necessidade de abastecimento). Muitas empresas definem mínimos baseados no lead time de fornecedor e consumo médio: por exemplo, se vendo 50 un por semana e o fornecedor entrega em 2 semanas, talvez meu mínimo de segurança seja 100. 
O BomControle não gera ordens de compra automáticas apenas com esse dado, mas oferece a informação para o comprador. Combinado com o máximo, pode indicar quantas unidades comprar (ex: mínimo 100, máximo 300 – quando cai abaixo de 100, compra-se para voltar perto de 300). O sistema impede configurações onde mínimo está abaixo do crítico (pois isso não faria sentido – crítico deve ser o menor).
Então, usando adequadamente: Saldo ≤ Mínimo = precisa repor; Saldo ≤ Crítico = situação urgente. Este campo não aparece externamente, mas internamente garante que seu nível de serviço se mantenha – é uma meta de estoque. Em métricas, é possível calcular o índice de cobertura (saldo/mínimo) ou quantos dias de estoque restam, etc., a partir do mínimo. Se não utilizar, deixe 0 e ignore nos relatórios.
- Limites de Estoque – Máximo 
 Regras: campo numérico inteiro, opcional. Representa o estoque máximo que se deseja ter do produto. Deve ser maior ou igual aos outros dois limites (mínimo e crítico). Se for preenchido com valor menor que crítico, o sistema certamente não deixará salvar (Crítico > Máximo gera erro). Idealmente, Máximo ≥ Mínimo; faz sentido que o máximo seja pelo menos igual ou maior que o mínimo, caso contrário mínimo não seria “mínimo” de verdade.
Contudo, o sistema não exibe erro específico se Mínimo > Máximo, mas isso deve ser evitado logicamente. Defina o máximo de acordo com a capacidade de armazenagem ou estratégia de capital (por exemplo, para itens de baixa rotatividade ou com validade, não queira mais do que X unidades paradas). Pode deixar em branco se não controla um teto ou se não há restrição (nesse caso, entenda como infinito).
Impacto: o estoque máximo serve para evitar excesso de estoque. Em relatórios, itens com saldo acima do máximo podem ser destacados (indicando sobre-estoque ou capital empatado desnecessariamente). 
Isso ajuda na gestão financeira e de espaço: se um produto está constantemente acima do máximo, talvez seja preciso reduzir compras ou promover vendas dele. Algumas empresas utilizam o conceito Min-Max para repor estoque: quando cai abaixo do mínimo, repõem até o máximo. Assim, configurar ambos permite que relatórios de sugestão de compra tragam quantidades recomendadas (ex: está com 80, mínimo 100, máximo 300 -> sugestão de compra 220 para atingir máximo).
BomControle pode ser personalizado para tal lógica em módulos de compras (caso use MRP ou similar, esses campos são base). Além disso, se a empresa possui limitações físicas (um tanque com capacidade X litros, por ex.), esse campo documenta isso. Novamente, não há efeito em NF-e ou contabilidade diretamente, mas impacta custos de armazenagem e fluxo de caixa indiretamente – manter estoques até o nível ótimo.
Ao analisar os produtos, esses limites ajudam a equilibrar o estoque: produto sem máximo definido pode gerar excessos sem alerta; com máximo, o sistema passa a sinalizar “você tem mais do que precisa”. Em resumo, configurações de máximo fazem parte de boas práticas de gestão de estoques e, junto com mínimo, suportam decisões de compra e produção.
- Localização de Estoque – Estoque (Depósito) 
 Regras: selecione do combo o Estoque ou Depósito principal onde o produto é armazenado. A lista apresenta os estoques cadastrados (ex: Depósito Central, Loja 1, Câmara Fria, etc.). Pode ser chamado de “Estoque Satélite” no sistema. Você pode escolher um estoque e então deverá escolher um Local dentro dele (próximo campo). Não é obrigatório cadastrar localizações para salvar o produto – essa seção existe para registrar locais se desejado. Mas se escolher um estoque, deve em seguida escolher o local antes de adicionar.
 Impacto: o campo Estoque indica em qual depósito o produto está disponível. Isso é útil se sua empresa tem múltiplos locais de armazenagem.
Ao informar aqui, você está pré-definindo que o produto X será guardado no Depósito Y (ou em vários, listados). Isso não impede que, na prática, em uma entrada futura, insiram em outro estoque, mas normalmente configura-se aqui os estoques permitidos para aquele produto.
Em operações do dia a dia, quando for dar entrada ou transferência, o sistema pode listar apenas os estoques relacionados ou dar preferência. Também serve para filtrar estoque por depósito nas consultas: você sabe que item X está no Depósito A e B, mas não no C, por exemplo. Em relatórios de valorização ou contagem, se um produto não tiver certa localização cadastrada, pode significar que se o encontrarem lá, está errado. Portanto, manter as localizações atualizadas auxilia o controle físico.
12) Seção – Localização de Estoque
Figura 12: Seção Localização de Estoque

- Localização de Estoque – Local de Armazenamento 
 Regras: após selecionar um Estoque, selecione o Local de Armazenamento específico dentro daquele depósito (por exemplo, Rua 3, Prateleira B, Slot 5). A lista de locais é filtrada pelo estoque escolhido (se nenhum estoque selecionado, o campo fica desabilitado). Você também pode cadastrar um novo local via modal se precisar.
Depois de escolher, clique no botão “+” (Adicionar localização) para incluir na tabela abaixo. Você pode repetir o processo para adicionar múltiplos locais diferentes (até em diferentes estoques) – o produto então ficará associado a todos esses locais. Se não clicar no “+”, a seleção não é confirmada. Remova uma localização indesejada clicando na lixeira na linha correspondente.
Impacto: a combinação Estoque + Local define onde exatamente o produto fica armazenado. Isso alimenta o registro do endereçamento do estoque. Por exemplo, se alguém for procurar o produto no armazém, conseguirá ver no cadastro: Depósito Central – Corredor 5A – Estante 2 – Prateleira superior.
Assim, economiza tempo na busca física. Além disso, quando ocorre uma entrada de estoque manual, se o produto já tem localizações definidas, o sistema pode sugerir ou restringir que você aloque em um desses locais (ou se entrar em outro, o usuário teria que adicionar a localização). Em contagens de inventário, o sistema sabe que aquele produto deve ser contado naquelas posições. Em relatórios de lotes ou validade, a localização também aparece para facilitar segregação de lotes no espaço físico. Se um produto não tem nenhuma localização cadastrada, presume-se que pode estar em qualquer lugar ou não se controla endereço dele – isso é comum em pequenos negócios sem endereçamento.
Mas se sua operação tem organização espacial, preencha aqui. Impacto no financeiro é indireto (otimiza tempo, menos perdas, logo menos custos), mas no controle de estoque é direto: prevene extravios e melhora acurácia, pois cada produto “sabe” onde pertence. No caso de transferência de estoque entre locais, o sistema também utiliza esses cadastros – você consegue mover produto do Depósito A local X para Depósito B local Y formalmente. Portanto, esta seção é crucial para empresas com armazéns mapeados. Cadastre as localizações assim que souber onde o item será guardado. Pode atualizar depois também, sem problemas – diferente da empresa ou lote, a localização pode ser acrescentada ou alterada a qualquer momento conforme o estoque evolui.
13) Seção – Anexos
Figura 13: Seção Anexos

- Anexos 
 Regras: seção para adicionar arquivos ao produto. Para anexar, clique em “Selecionar arquivos” ou arraste os arquivos para a área destacada. Você pode adicionar vários arquivos. Formatos permitidos incluem imagens (.jpeg, .jpg, .png, .gif) e documentos (.pdf, .csv, .xls, .xlsx); outros tipos podem ser bloqueados com aviso de “Tipo de arquivo inválido”. Cada arquivo deve ter no máximo 10 MB – se exceder, o sistema exibirá um alerta “A(s) imagem(ns) ultrapassam o tamanho limite de 10MB”. Os arquivos adicionados aparecem em miniatura com um ícone de relógio enquanto não salvar, e após salvar, ficam listados com opção de visualizar ou remover (ícone de lixeira). Não há um limite estrito de quantidade de anexos por produto, mas por boas práticas mantenha somente arquivos relevantes.
Impacto: os anexos permitem que informações adicionais acompanhem o produto dentro do sistema. Isso pode incluir: Fotos adicionais (diferentes ângulos do produto, ou variações visuais caso não esteja usando grade), Fichas técnicas em PDF (composição, ficha de segurança de produto químico, etc.), Manuais de instrução para produtos complexos, Certificados de garantia ou qualidade, Planilhas de especificações, e assim por diante.
Na prática, esses anexos ficam armazenados no sistema e acessíveis a qualquer usuário que abra o cadastro do produto – basta clicar no link do arquivo para visualizar ou baixar. Imagine, por exemplo, na área de vendas: um vendedor pode abrir o cadastro do produto e ter ali o catálogo em PDF para enviar ao cliente, ou imagens para montar uma proposta. No recebimento de mercadorias, um conferente pode abrir um anexo com a ficha de segurança para manuseio adequado. Assim, centraliza a documentação do item. Nenhum anexo é enviado automaticamente em notas ou relatórios (são apenas consultivos), mas você pode, por exemplo, imprimir um manual a partir do anexo para entregar com o produto vendido.
Em suma, a presença de anexos enriquece o cadastro e evita ter informações espalhadas fora do sistema. Mantenha-os atualizados (e remova anexos obsoletos quando necessário, usando o ícone de remover). Vale ressaltar: ao excluir um anexo no cadastro e salvar, ele será removido permanentemente do sistema, então sempre confira se não é mais útil antes de deletar.
14) Seção – Lotes
Figura 14: Seção Lotes

- Lotes (se Controle de Lote ativo) 
 Regras: esta seção aparece somente se o Controle de Lote (item 27) estiver marcado como Sim. Ela lista os lotes cadastrados do produto. Você não cadastra lotes por aqui diretamente – eles surgem conforme entradas de estoque são registradas. Regras de exibição: se ainda não há lotes, a seção mostrará uma mensagem “Não há lotes cadastrados” ou “Sem colunas para mostrar”. Há um campo de busca (filtrar por identificação do lote) e um checkbox “Pesquisar Lotes com Quantidade Zero” – que por padrão fica desmarcado, ou seja, a lista oculta lotes que já se esgotaram do estoque; marque-o se quiser incluir lotes zerados no histórico. A tabela de lotes tem colunas:- Lote (identificação do lote, normalmente um código ou número fornecido pelo fabricante ou gerado interno) 
- Estoque (o depósito/local onde o lote está) 
- Data (geralmente a Data de Vencimento do lote, se houver; ou data de fabricação, dependendo da configuração – aqui apresenta uma data associada ao lote). Os lotes são listados em ordem (podendo ser ordenados por vencimento). 
 
Não é possível editar esses campos aqui – é uma visualização. Para adicionar um novo lote, é preciso lançar uma entrada de estoque em algum módulo (por exemplo, Nota de compra ou Ajuste de estoque) e informar o novo código de lote e validade; após isso, ele aparecerá nessa lista. Você pode, no entanto, acionar a busca ou paginação para navegar pelos lotes se forem muitos.
Impacto: esta seção oferece um resumo dos lotes existentes para o produto, diretamente no cadastro. Isso é muito útil para a gestão de qualidade e expedição: ao consultar o produto, já se vê quantos lotes há e até quando valem. Impactos práticos:
- FIFO/FEFO: A equipe de almoxarifado, ao ver aqui as validades, pode adotar o FEFO (primeiro que vence, primeiro que sai) nas separações. O sistema não vai automaticamente escolher o lote nas vendas a não ser que haja configuração específica, mas o usuário baseia-se nessa info para escolher manualmente. 
- Rastreamento: Em caso de recall ou problema com um lote específico (por ex: “lote 1234 apresentou defeito”), você vem no cadastro, localiza o lote 1234 e sabe exatamente onde ele está armazenado e possivelmente consegue rastrear vendas feitas (através de relatórios de movimentação filtrando pelo lote, fora do cadastro). 
- Inventário: Durante inventários, essa lista serve de referência do que deveria existir (lotes esperados e quantidades). Não substitui relatórios de estoque detalhados por lote, mas complementa. 
- Validade: Produtos próximos do vencimento ficam evidentes. Se hoje é 01/09/2025 e você vê um lote com Data 10/09/2025, sabe que está a dias de vencer. O sistema pode não gerar alertas automáticos sem configuração adicional, mas a informação está aí para o gestor tomar ação (promover venda, não comprar mais, etc.). Existe também relatórios específicos de produtos a vencer, mas no cadastro individual essa seção já dá um panorama. 
- Segregação física: Ao clicar num lote específico, não há ação direta, mas sabendo os lotes, o responsável pode localizar fisicamente (os lotes aparecem vinculados aos locais de estoque, conforme movimentado). Em resumo, a seção Lotes consolida dentro do cadastro as informações de rastreabilidade temporal (validade) e identificador de produção (nº do lote) do produto. Ela não requer interação direta do usuário no cadastro, mas reflete ações de outros módulos, integrando-as numa visão única do item. Sempre mantenha consistente a nomenclatura dos lotes na entrada (não criar duplicados com grafia diferente) para que essa listagem seja confiável. 
15) Seção – Outros
Figura 15: Seção Outros

- Outros – Observações 
 Regras: campo de texto multilinha (até 800 caracteres). Totalmente opcional. Permite escrever quaisquer informações adicionais sobre o produto que sejam relevantes e não contempladas nos campos estruturados. Não há formatação rica (é texto simples) – use quebras de linha se necessário para separar tópicos. Como prática, não exceda muito o tamanho visível (4 linhas padrão) para não dificultar a leitura; se precisar de texto extenso, considere anexar um documento em vez disso. Pode ser editado livremente a qualquer momento (não afeta outros dados).
Impacto: por ser livre, este campo é frequentemente utilizado para instruções especiais, notas internas ou alertas sobre o produto. Exemplos de uso: “Produto sensível à umidade, armazenar com sílica gel”, “Substituído pelo código NOVO123 a partir de Jan/2026”, “Item sazonal – disponível apenas de setembro a dezembro”, “Fabricado sob encomenda – prazo de produção 15 dias”, etc. Essas observações aparecem no cadastro para qualquer usuário que o abra, servindo de complemento informativo.
Não são levadas para NF-e, pedidos ou relatórios externos, a menos que alguém manualmente copie, pois seu objetivo é comunicação interna. Em negociações com fornecedores ou clientes, o usuário pode consultar aqui por detalhes que precisa saber (ex: restrições de venda, histórico do produto, pendências). Vale também para controle de alteração: pode registrar “Alterado imposto em fev/2025 conforme convênio X” para lembrar de algo.
Em conjunto com o log de auditoria do sistema (que registra alterações formalmente), as observações contam a “história” do item de forma legível. Em resumo, é o espaço de anotações para dar contexto além dos dados padronizados. Use-o para aquilo que julgar importante para a equipe saber sobre o produto, mas que não se encaixa nos demais campos.
- Empresas com Plano de Contas diferenciado 
 Esta subseção aparece somente se: (a) O sistema está em modo multiempresa sem atribuição fixa de empresa no produto (campo Empresa do produto vazio, ou seja, produto global) e (b) Foi detectado que há empresas com plano de contas específico ativo. Nesse caso, a tela exibe essa seção permitindo mapear categorias financeiras diferentes para cada empresa. As regras aqui são: selecione uma Empresa da lista (apenas empresas marcadas como “possui plano de contas específico” aparecem).
Depois, escolha a Categoria de Entrada e/ou Categoria de Saída para aquela empresa, seguindo as mesmas regras dos itens 24 e 25 (tipo de categoria deve condizer: entrada=despesa, saída=receita). Você pode preencher ambos ou apenas um deles. Clique em Adicionar (botão “+”) para salvar a configuração. Ela então aparece na grade abaixo, listando: Empresa X – Categoria Entrada Y – Categoria Saída Z. É possível editar (botão lápis) ou excluir (lixeira) uma configuração específica e repetir o processo para outras empresas do grupo.
Impacto: essa funcionalidade garante que, quando um produto é global (usado por todas as empresas, típico em BPO contábil onde um escritório tem vários clientes usando o mesmo catálogo) e cada empresa tenha seu próprio plano de contas, as movimentações financeiras sejam classificadas corretamente no contexto de cada uma.
Por exemplo, suponha que o produto “Combustível” é global, mas a Empresa A tem a conta “Despesas Veículos – Combustível” e a Empresa B tenha “Desp. Frota – Combustível”. Você cadastraria ambas aqui – assim, se der entrada de Combustível para Empresa A, cairá na conta dela; se for para B, cairá na conta dela, automaticamente. Sem essa configuração, ou você teria que duplicar o produto por empresa, ou as movimentações poderiam ir para uma conta padrão única, quebrando a contabilidade individual.
Portanto, o impacto é direto na contabilidade multiempresa: permite centralizar o cadastro do produto, mas descentralizar a classificação financeira. Em relatórios consolidados ou por empresa, as receitas/despesas estarão onde devem estar. Observação: se o produto já tem uma empresa definida no campo Empresa, essa seção não será usada – nesse caso, utilize diretamente os campos padrão de categorias para aquela empresa. A seção de contas diferenciadas é só para produtos sem empresa fixa. Essa flexibilidade é importante em escritórios contábeis que gerenciam estoques de várias empresas com um catálogo unificado.
16) Integração com outros módulos e impactos gerais no sistema
O cadastro de produto é uma base central que impacta praticamente todos os módulos do BomControle. A seguir, destacamos as principais relações e cuidados:
- Módulo de Vendas/Pedidos: Somente produtos devidamente cadastrados aparecem nas telas de orçamento, pedido de venda e faturamento. Campos como Nome, Código, Unidade, Item de venda, Preço influenciam diretamente na venda: - O Nome e Código facilitam a busca do item para adicionar no pedido. Se o código de barras estiver cadastrado, o vendedor pode escanear para inserir rapidamente. 
- A indicação Item de venda? = Não impedirá que um item seja adicionado por engano numa venda (ele nem surge na lista), o que evita tentar vender algo não comercializável. 
- Tabelas de Preço: no momento da venda, o sistema busca o preço do produto na tabela de preço aplicável. Portanto, se um produto estiver sem valor configurado na tabela utilizada, poderá gerar erro ou exigir digitação manual de preço na venda. É fundamental, ao criar um produto novo, associá-lo às tabelas de preço relevantes (ou pelo menos à tabela padrão) antes que o time de vendas tente faturá-lo. 
- Categorias Financeiras de Saída: ao confirmar uma venda/fatura, o sistema gera um contas a receber e receita categorizada. Se a categoria padrão de saída estiver definida no produto, essa classificação ocorre automaticamente. Isso significa que, por exemplo, a receita daquele pedido já cai na conta contábil correta (Ex: “Receita de Produtos A”) sem o usuário precisar escolher. Caso não estivesse definida, o usuário teria de selecionar manualmente a categoria ou o sistema usaria uma genérica, o que pode bagunçar relatórios. 
- Grade de produto: no front-end de vendas, produtos com grade geralmente oferecem um seletor de variação. O atendente deve escolher, por exemplo, “Camisa Polo – Cor: Azul – Tam: M” exatamente. Assim, a disponibilidade (estoque) daquela variação é checada; se não há estoque, ele saberá imediatamente. Isso evita prometer ao cliente algo esgotado. Além disso, na impressão do pedido/nota, a variação aparece, deixando claro para o cliente o que foi comprado. 
- Informações fiscais (NCM, CEST, Origem, etc.): na hora de gerar a NF-e de venda, o sistema compõe os itens da nota usando os dados do cadastro. Se algum dado obrigatório estiver faltando ou incorreto (ex: NCM inválido, origem não compatível com CFOP), a NF-e será rejeitada. Portanto, um cadastro fiscalmente completo resulta em emissões de nota sem erros. O módulo fiscal depende 100% desses dados – inclusive, mudanças na lei (como atualizações de NCM ou criação de novos códigos de benefício) requerem revisão dos produtos cadastrados. 
- Peso: se sua operação envolve cálculo de frete automático, muitos sistemas somam os pesos dos produtos do pedido para obter o peso total da encomenda. Assim, se os pesos nos cadastros estiverem precisos, o cálculo de frete (via transportadora ou Correios integrado) será mais acurado, evitando subcobrar ou supercobrar o cliente. 
 
- Módulo de Compras/Estoque (Entradas de produtos): O cadastro de produto impacta fortemente o fluxo de entrada e armazenamento: - Pedidos de Compra e Notas de Entrada: similar às vendas, ao lançar uma nota de compra (NF de fornecedor) no sistema, você seleciona os produtos do seu cadastro. Novamente, Nome/Código e eventuais códigos de barras (caso leia DANFE com scanner) agilizam o processo. Se um produto vier do fornecedor com um código diferente, você pode cadastrá-lo no campo de código de barras ou referência para facilitar futuras identificações. 
- Controle de Lote: na entrada, se o produto exige lote, o usuário terá de informar o nº do lote e validade fornecidos pelo fabricante. O sistema então cria registros de lote (que aparecerão no cadastro conforme vimos). Isso garante que desde a chegada a rastreabilidade esteja assegurada. Caso tente lançar uma entrada sem lote para um produto que requer, o sistema não deixará concluir, evitando falha de controle. 
- Bloqueio de Entrada: se um produto está com Bloquear Entrada = Sim, nenhuma nota de compra poderá ser lançada com ele. Isso força o comprador a respeitar a decisão de não adquirir mais aquele item. Por exemplo, se um fornecedor mandar por engano e tentar-se lançar a NF, o sistema vai recusar aquele item – assim o setor responsável percebe o erro (ou negocia a devolução). 
- Categorias Financeiras de Entrada: na integração com Contas a Pagar e despesas, cada item da nota de compra pode gerar um lançamento categorizado. Se o produto tiver Categoria de Entrada padrão, ao aprovar a nota de compra o BomControle lança a despesa diretamente naquela categoria. Isso significa que seu controle de custos fica apurado por produto/linha automaticamente. Por exemplo, no final do mês você pode saber quanto gastou comprando “Matéria-Prima A” vs “Matéria-Prima B” se cada uma for uma categoria ou subcategoria definida. Sem isso, o sistema poderia jogar tudo em “Compras de Mercadorias” genérico, exigindo retrabalho do financeiro para segregar manualmente. 
- Armazenamento e Endereçamento: após dar entrada no estoque, os produtos são colocados em locais físicos. Tendo as Localizações pré-cadastradas no produto, a equipe de almoxarifado sabe onde guardar e pode registrar a entrada diretamente naquele local. O sistema, se configurado, coloca o saldo naquele endereço. Isso melhora a logística interna – evita ter que decidir na hora onde por, ou pior, colocar aleatoriamente e depois não achar. Além disso, se um produto só pode ficar em determinados estoques (ex: produto inflamável só no Depósito Químicos), tê-lo configurado previne movimentações para locais indevidos. 
- Regras de Restrições: alguns cadastros, como produto bloqueado ou com lote exigido, previnem erros humanos nas entradas. O sistema atua como guardião: não deixa entrar produto bloqueado, não deixa entrar sem lote se precisa, alerta se entra acima do máximo configurado (em algumas implementações, poderia avisar “você já tem mais do que o estoque máximo, tem certeza?” quando recebendo). 
- Atualização de Custo: ao lançar entradas, o sistema recalcula o Custo Médio do produto com base no valor unitário da nota de compra. Esse cálculo automático alimenta o campo Custo Médio do cadastro. Assim, o cadastro sempre mostra o custo atualizado após cada compra. Isso impacta também as tabelas de preço do tipo Markup: se você configurou uma tabela para vender com, digamos, 50% acima do custo médio, sempre que o custo médio mudar, o sistema recalcula o preço de venda (normalmente em background ou em consultas de venda). Logo, um cadastro consistente permite atualização automática de preços quando usando markup – fundamental para manter margens em cenários de inflação de custo. 
 
- Módulo de Estoque (Saídas, Movimentações internas, Inventário): - Saídas (Baixa por venda ou consumo): Quando uma venda é faturada, o sistema dá baixa no estoque do produto (ou variação e lote específicos). Se o produto não estivesse cadastrado corretamente, essa baixa seria impossível. Por exemplo, tentar dar baixa de um lote inexistente por cadastro errado geraria discrepância. Com cadastros adequados, o sistema consegue abater exatamente do saldo e lote certos, mantendo o saldo em estoque preciso. 
- Reservas/Disponibilidade: em alguns sistemas, ao criar um pedido de venda, o produto pode ficar reservado no estoque (diminuindo disponível). O cadastro impacta isso pois se o controle de estoque está ativo e bem configurado (unidade, locais, etc.), o comprometimento de estoque acontece corretamente. Produtos sem unidade ou com unidade inconsistente poderiam não abater corretamente. 
- Transferências: se sua empresa transfere produtos entre estoques (filiais, depósitos), o cadastro – especialmente Localizações – permite a transferência dirigida. Você seleciona o produto e indica de qual depósito/local para qual vai. O sistema sabe os possíveis locais de origem e destino se configurados. Sem isso, poderia ocorrer movimentação para um local inexistente ou perda de informação de onde colocar no destino. 
- Inventário Físico: durante contagens de estoque, os relatórios e contadores se baseiam no cadastro. Eles terão listas de produtos (ordenadas possivelmente por código ou nome) para contar. Se os nomes não forem claros ou houver duplicidades (produtos duplicados por cadastro incorreto), confusão na contagem é certa. Um cadastro limpo e único evita contagens duplicadas ou itens faltantes na lista. Além disso, se locais estão mapeados, os inventariantes sabem onde procurar cada item, tornando a contagem muito mais ágil e confiável. 
- Relatórios de giro e cobertura: os campos de estoque mínimo/máximo alimentam relatórios que mostram itens abaixo do mínimo (necessitando compra) ou acima do máximo (excesso). Isso auxilia na tomada de decisão para otimização de estoque – por exemplo, vendendo pouco e estocado demais? Reduzir compras; sempre caindo abaixo do mínimo? Verificar demanda ou aumentar lote de compra. Esses relatórios evitam tanto ruptura de estoque (falta) quanto super estoque, que impacta o caixa. 
- Validade e lote no estoque: com o controle de lote ativo e validades registradas, o sistema consegue fornecer relatórios de produtos a vencer. Isso permite que o setor de estoque ou vendas tome ações (liquidação de itens próximos a vencer, giro de lote). Sem essa informação, a empresa corre risco de perda de inventário por vencimento sem perceber. 
 
- Módulo Financeiro: O produto não “vive” no financeiro diretamente, mas as configurações dele têm consequências contábeis: - Plano de Contas e Lançamentos: conforme mencionado, os campos de categorias financeiras de entrada e saída fazem ponte do mundo operacional (comprar/vender produto) para o mundo contábil (registros de despesa/receita). Com eles preenchidos, a contabilização é automática e padronizada. Sem eles, o sistema pode forçar o usuário a escolher conta a conta, gerando possíveis inconsistências. Por exemplo, um usuário desatento poderia classificar a compra de um determinado produto ora em “Matéria Prima”, ora em “Outras Despesas”, bagunçando o histórico – ao passo que se o produto tiver categoria fixa, toda compra cairá sempre no lugar certo. 
- Custos e Margens: cadastros de produto alimentam análises de margem de contribuição (preço de venda vs custo médio). Se ambos os lados são bem mantidos (preço via tabela, custo via entradas), relatórios gerenciais conseguem apontar a margem por produto ou família, ajudando a tomar decisões (investir em produtos mais lucrativos, reajustar preço de itens com margem baixa, etc.). 
- Controle de faturamento por item: como cada produto tem uma categoria de receita, a contabilidade gerencial pode acompanhar receita por linha de produto facilmente no Balancete ou DRE. Isso substitui a necessidade de exportar vendas e agrupar manualmente por produto – o sistema já faz via categorias. Em empresas multi-linha, isso é vital para entender desempenho de cada linha. 
- Imobilizado ou uso interno: caso um produto seja comprado para uso interno (consumo geral, por ex) e não para revenda, a categoria financeira de entrada pode direcionar a despesa para uma conta de custo operacional em vez de estoque. O BomControle não distingue isso sozinho apenas pelo cadastro de produto (teria que informar na entrada se vai para estoque ou despesa direta), mas marcar “Consumo Geral = Sim” e categoria de entrada adequada pode sinalizar ao usuário ou a uma automação que aquela compra deve ser baixada direto como despesa (não virando estoque). Isso evita inflar estoque com itens que serão imediatamente consumidos – uma prática contábil correta é lançar esses direto como despesa. Então, embora indiretamente, o cadastro pode ajudar a segregar material de consumo de material de estoque na própria digitação da compra. 
- Bens de Ativo: se você cadastra, por exemplo, um produto que na verdade é um bem do ativo imobilizado (uma máquina), e compra via módulo de compras, a categoria financeira de entrada deveria ser uma conta de Ativo Imobilizado, não de despesa. Assim, ao integrar no financeiro, a compra do “Produto Imobilizado X” vai registrar aumento de ativo em vez de despesa. Isso demonstra como um simples campo no cadastro (categoria entrada) determina toda a escrituração contábil correta do evento. Sem esse cuidado, você acabaria tendo que ajustar manualmente depois no financeiro. 
 
- Módulo de Nota Fiscal (Emissão de NF-e e NFS-e): 
- Nota Fiscal de Produtos (NF-e): O cadastro de produto fornece todos os dados base para montar os itens da NF-e: 
- Código (vai em cProd), Unidade (uCom/uTrib), Descrição (xProd – normalmente o Nome do produto; se você deseja uma descrição diferente na nota, teria que editar manualmente na NF ou cadastrar o nome já como deseja que saia), NCM, CEST, Origem, CSTs (os CST não ficam no cadastro do produto, mas vinculados via NCM/ou regras fiscais configuradas – possivelmente em outro módulo de impostos), CFOP (gerado com base na operação, não do cadastro), Código Benefício (cBenef). Qualquer omissão ou erro nesses dados no cadastro se refletirá na nota. Exemplo: produto sem CEST cuja operação exige => NF-e rejeitada. Produto com nome muito longo (acima de 120 caracteres permitidos pela SEFAZ) => NF-e rejeitada; o BomControle possivelmente cortará o excesso automaticamente, mas é bom manter nomes concisos. 
- GTIN (cód. barras) é inserido na nota se cadastrado, atendendo a exigências para alguns segmentos que pedem GTIN. 
- O campo Valor Unitário de venda não vem diretamente do cadastro, mas das tabelas de preço definidas; de qualquer forma, sem cadastro de preço o item não teria valor na NF (ou seria zero, causando erro). 
- Se o produto for sujeito a registro de rastreabilidade (por ex, ANVISA exige nº lote e validade na NF de medicamentos, ou nº de série em autopeças controladas), o BomControle utilizará os lotes cadastrados para preencher esses campos na NF-e (se esse recurso estiver habilitado). Assim, um cadastro de lote completo garante emissão de NF-e adequada também nesses casos específicos. 
- Peso do produto pode ser somado para indicar Peso Bruto da nota, um campo obrigatório. Se não preenchido, a nota pode ficar com peso zerado ou inconsistente. Embora não cause rejeição fiscal na maioria dos casos, pode dar problema em transporte. 
- Nota Fiscal de Serviços (NFS-e): Produtos geralmente não são usados em NFS-e (que usa cadastro de serviços), porém, se o produto tiver flag de serviço (existe um campo Servico oculto, não muito mencionado aqui, mas no modelo de dados há produto/serviço, que define se aquele cadastro é de um serviço ao invés de mercadoria – o BomControle aparentemente separa cadastros de serviço em tela própria, mas internamente pode usar mesma estrutura). Então, para serviços, o que importa são campos de serviço (CNAE, Código Municipal) que não são preenchidos no cadastro de produto normal – esses estariam no cadastro de Tipo de Serviço. Portanto, sem confusão: produtos físicos vão em NF-e, serviços em NFS-e e têm cadastro distinto. 
- Tributação e Regras Fiscais: O BomControle provavelmente possui um módulo/configuração onde, dado o NCM e a Origem do produto e o regime tributário da empresa, determina as alíquotas e CSTs de ICMS, IPI, PIS, COFINS automaticamente na nota. Esses mecanismos se baseiam nos dados do cadastro do produto (ex: NCM, origem) para consultar tabelas fiscais internas. Logo, um cadastro correto resulta em impostos calculados corretamente e notas emitidas sem intervenção manual. Um cadastro incorreto pode levar a impostos calculados errados, seja cobrando a mais do cliente ou a menos (gerando passivo para empresa). 
- Integração com IBPT: Se sua empresa destaca na nota o percentual do Imposto Aproximado (lei de transparência), o sistema usa o NCM do produto para buscar na tabela IBPT o percentual e calcula sobre o preço. Um NCM errado puxa percentuais incorretos (legalmente passível de autuação se divergente demais). Então até esse detalhe é afetado. 
- Documentos fiscais especiais: Em casos de exportação, o cadastro do produto poderia incluir Código do Produto no Exterior, Descrição em outro idioma – se o sistema for preparado, ele utilizaria. No cadastro padrão do BomControle não vimos esses campos, então provavelmente esses casos exigem edição manual na nota. Mas é bom saber: se um dado estiver faltando no cadastro, o usuário terá que complementar manualmente a cada emissão, o que é ineficiente e sujeito a erros. Por isso, cadastrar o máximo de informações pertinentes economiza tempo e padroniza a operação. 
- Relação com Cadastros auxiliares: O cadastro de produto não existe isolado; ele se relaciona com diversos outros cadastros do sistema: - Unidades de Medida: há uma tela de cadastro de unidades (como siglas e nomes). Um produto só pode ser salvo com unidade que exista ali. Portanto, se ao cadastrar um item novo você não encontrar a unidade desejada, deve cadastrá-la primeiro (ou usar o atalho no próprio campo). Isso garante consistência de unidades em todo sistema. Ex.: se alguém tentar digitar “Litro” manualmente no produto sem estar na lista, não conseguirá – evitando variações como “L”, “Litro”, “Litros” em diferentes produtos, que atrapalhariam somas. 
- Categorias Financeiras: as contas usadas nos campos de entrada/saída vêm do Plano de Contas gerencial. Devem estar previamente criadas. Se ao definir uma categoria perceber que falta uma conta específica para aquele produto, avalie com o financeiro a necessidade de criar uma subdivisão. Por exemplo, a empresa tinha só “Receita de Mercadorias”, mas decide separar “Receita de Eletrônicos” e “Receita de Móveis” – isso envolve criar essas categorias antes e então vinculá-las aos produtos correspondentes. 
- Clientes e Fornecedores: embora não haja ligação direta no cadastro de produto, há impacto indireto – por exemplo, Listas de preços por cliente (se existir funcionalidade de tabela de preço por cliente ou contrato, o produto tem que estar na tabela para aquele cliente). Ou, no cadastro do fornecedor, pode-se listar quais produtos ele fornece (possível módulo de catálogo de fornecedor). Essas interações costumam acontecer em módulos de Compras (associar produto ao fornecedor com código do fornecedor) ou CRM (campanhas para produtos específicos). O importante é: o produto bem cadastrado (códigos claros, nomes) facilita relacioná-lo com outras entidades. 
- Combos/Kit de produtos: se o sistema permite criar kits ou fórmulas (lista de materiais), o cadastro de produto é usado dentro desses. Um kit de venda poderia dizer: produto KIT = composto pelos produtos 1, 2 e 3. Esses 1, 2 e 3 precisam estar cadastrados. Qualquer mudança no cadastro deles (nome, por ex) refletirá quando kit for vendido (aparece itens componentes). Se um produto é inativado/bloqueado, kits que o contêm podem ficar inválidos. Portanto, gerenciando produtos também se gerencia estruturas derivadas (se aplicável). 
- Cadastro de Serviços: é importante não confundir produtos e serviços. O BomControle tem cadastros separados, mas às vezes um item pode ser tratado erroneamente no cadastro errado. Certifique-se de cadastrar serviços não materiais (como mão de obra, consultoria) no menu Financeiro/Serviços (ou similar), e produtos tangíveis no cadastro de produto (menu Vendas). Isso garante que cada um tenha os campos fiscais pertinentes (NFS-e vs NF-e). Misturar pode gerar problemas: ex, tentar emitir NFS-e de algo cadastrado como produto não funciona corretamente, ou emitir NF-e de serviço cadastrado em produto, idem. Então, mantenha coerência: utilizou Item de venda = Sim e Servico = false para bens, e cadastros de serviço para serviços. 
- Marcas, Modelos, Versões: O sistema BomControle pode ter cadastros adicionais (por exemplo, vimos uma classe no código). Isso sugere que pode haver um campo de Marca ou modelo associado. No formulário que inspecionamos, não havia um campo separado de Marca – talvez esse campo apareça em alguma configuração ou versão. De qualquer forma, se existir um cadastro de Marcas e ele for usado (ex: selecionar marca do produto), deve-se gerenciar adequadamente. Marca é útil em relatórios (vendas por marca, etc.). Fique atento a esses relacionamentos e mantenha consistência – se cadastrar “Marca XYZ” para um produto, use a mesma marca nos similares, não cadastre variações de nome. 
- Usuários e Permissões: apenas usuários com permissão podem acessar o cadastro de produto e modificá-lo. Isso é mais de TI, mas impacta o processo – se um colaborador não autorizado tentar mexer em um campo fiscal crítico (NCM, por ex), o sistema pode bloquear. Assim, defina o fluxo: usualmente, área fiscal define NCM/tributos, área compras define fornecedores e categorias de compra, área vendas define preços e categorias de venda. O cadastro de produto centraliza tudo, então possivelmente somente administradores ou usuários sênior tenham acesso total. Os demais módulos consomem as informações mas não alteram. Então, do ponto de vista de processo, tenha clareza de quem é responsável por manter cada campo atualizado para que o produto continue consistente ao longo do tempo. 
- Exclusão/Inativação de Produtos: O BomControle permite excluir produtos sem movimentação (caso tenha sido cadastrado errado e ainda não usado) – basta clicar em Excluir na tela de edição. Se o produto já teve movimentações (estoque, vendas, etc.), normalmente não poderá ser excluído por questões de integridade histórica. Nesse caso, a forma de retirá-lo de uso é bloqueando: você pode marcar o produto como Bloqueado (há uma propriedade interna “Bloqueado” além de bloquear entrada). No sistema, itens bloqueados normalmente não aparecem nas listas de seleção para novas operações. Assim, se um produto saiu de linha e você não quer que seja usado em nada, pode bloqueá-lo (diferente do bloquear entrada de estoque, que era só para compras – aqui falamos de bloquear totalmente o cadastro). Essa funcionalidade costuma estar acessível via um botão de Bloquear/Desbloquear ou transformando o cadastro em inativo. Impacto: produtos bloqueados não somem – ainda constam em relatórios passados – mas ficam ocultos para novos lançamentos. Isso ajuda a manter o catálogo atual enxuto sem perder histórico. Sempre que possível, opte por bloquear/inativar ao invés de excluir, a menos que tenha certeza que o item nunca deveria ter existido no cadastro. 
 
Conclusão
Em resumo, o cadastro de produto bem feito é fundamental para a saúde operacional e financeira do BomControle. Ele atua como uma peça central engrenando com vendas, estoque, compras e fiscal. Investir tempo para preencher todos os campos corretamente e mantê-los atualizados reflete em menos erros downstream (menos notas fiscais rejeitadas, menos ajustes contábeis manuais, menos confusão no estoque e vendas) e em uma tomada de decisão melhor informada (graças a relatórios confiáveis por produto, categoria, etc.).
Sempre que um processo no sistema apresentar alguma inconsistência ligada a item (por exemplo, “por que tal venda saiu sem imposto?” ou “por que não apareceu preço em tal pedido?”), verifique o cadastro do produto envolvido – muitas vezes a resposta ou solução estará em algum campo faltante ou configurado incorretamente nele.
Observação final: Este manual cobriu cada campo e seção do cadastro de produto com foco no usuário final. Para informações sobre configurações avançadas ou regras de negócio específicas (como configuração de impostos por NCM, integração com e-commerce, etc.), consulte os manuais desses módulos. Contudo, grande parte dessas funcionalidades terão como pré-requisito um cadastro de produto consistente, conforme orientado aqui.
Em caso de dúvidas no preenchimento de algum campo (especialmente os fiscais), envolva o responsável pela área (contador, gerente de estoque, etc.) para garantir a correta configuração. Com o cadastro de produtos completo e atualizado, você terá o BomControle trabalhando a seu favor, evitando retrabalho e potencializando os resultados em vendas e gestão!
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